Um Ouriense Perdido nas Terras Altas

Histórias, Pensamentos e Devaneios

sábado, março 17, 2007

Tortura Paga e Assistida!


Um pequeno relato de um dos meus grandes tormentos, “sexta-feira dia de dentista”.
Ao subir as escadas lentamente, não vá lá chegar e ser de imediato atendido, começa-me a entrar pelas narinas aquele cheiro muito característico de um consultório, ou seja, anestesia e desinfectante. No topo das escadas encaro a porta a dizer “Clínica Dentária” com confiança, empurro a porta e entro num espaço bonito mas impregnado de tantas dores e horrores. Digo boa tarde à senhora do balcão, ela lança-me um olhar e um sorriso amável, mas no fundo do olhar consigo descortinar um sentimento sádico e malévolo.
Sento-me na sala de espera, tento folhear umas revistas mas a única coisa em que me concentro é no irritante “Tic-Tac” do relógio, o medo vai aumentando à medida que vejo pessoas a saírem carregadas de sofrimento na face e ao fundo do corredor ouço tão distinto e horrendo som “a broca”, em breves instantes dei comigo a pensar “Vou Fugir!” e é exactamente no final deste pensamento que aparece a Dentista, nesse momento pareceu-me um demónio retirado do último Inferno de Dante, Belzebu em pessoa e diz-me – como está João? Já não vem cá há 3 anos – com esta frase senti que a vingança por esses 3 anos seria brutal.
Já na cadeira fantástica que sobe desce e vai para trás, talvez a coisa mais gira que se pode encontrar numa clínica dentária, sou ofuscado pelo holofote pendurado sobre a cadeira e surge a questão – de que se queixa? – Pergunta a Medica toda lampeira já a avistar uma cara de sofrimento nos próximos 15 minutos, segundos depois da minha resposta dou por mim com dois aspiradores na boca e uma agulha em direcção à minha gengiva, já ciente que não iria ser a única, continuo com os irritantes aspiradores de saliva enfiados na boca mas agr sim vem o verdadeiro suplicio a dor, o som e a visão horripilante de uma broca a esmiuçar-me um dente, num grito mudo berro a minha dor, sim sou um pessoa sensível levo sempre uma data de anestesias, mais uma vez a agulha, mas desta vez foi directa para o céu da boca, passado mais este pesar de volta à broca e ao esmiuçar o dente passado um minuto a broca para e é arrumada, pensei o pior já passou, engano-me completamente, a Medica saca de uns ferrinhos tipo agulhas com uma borracha preta no fundo, intrigado balbuciei – o que é isso – ao que aquele demónio me respondeu – é para tirar o pus, tens aqui um quisto, levas-te alguma pancada? – Sem me deixar responder espeta-me aquilo quase ate ao cérebro, pelo menos assim me pareceu com as dores que aquilo me deu e não foi uma nem duas vezes foram três estava-me quase a sair uma lágrima no olho mas nesse exacto momento ela disse esta frase magica – pronto, podes bochechar – e para mal dos meus pecados completou a frase assim – até para a semana…
Por fim o ultimo pesadelo, dito já pela senhora do balcão – são 50 euros…

Para a próxima sexta terão mais um relato deste mundo macabro das idas ao dentista

2 Comments:

  • At 1:11 da manhã, Blogger Ashikodi said…

    lololol

    já não lá vou à 1 ano... mas eu até nutro alguma simpatia pela minha dentista. se bem q sempre q lá vou ela encontra-me 20 problemas para eu ir lá nas próximas semanas...

     
  • At 4:29 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    huahuahahushua

    fantástco ^^

     

Enviar um comentário

<< Home